Os Da Weasel são uma das bandas mais criativas, populares e carismáticas da música portuguesa, e uma das maiores de que há memória. Tudo começou em Almada, no ano de 1993, fruto da irreverência e do talento dos irmãos João Nobre (Braindead) e Carlos Nobre, estimulados pela vontade de fazer música inspirada pelo hip-hop industrial e orgânico dos Disposable Heroes of Hiphoprisy ou pela consciência social dos Public Enemy… Carlão assumiu o papel de Pacman, letrista e voz principal, e João Nobre torna-se Jay Jay Neige como compositor maior do projeto. Armando Teixeira (maquinaria) e DJ Yen Sung (voz) entraram para os Da Weasel um ano após o arranque e participaram no primeiro EP da banda “More than 30 Mother***s“. Em 1995, surgiu o muito aguardado longa duração, “Dou-lhe Com a Alma”, editado pela Dinamo. Os Da Weasel, já com Quacas (Pedro Quaresma) na guitarra, tornaram-se o grupo revelação do ano em Portugal. É nesta altura que Yen Sung sai da banda e entram em cena Virgul na voz e Guillaz na bateria. É também lançado o disco “3º Capítulo” pela multinacional EMI, com as participações de Sam, Sanrise, Fernanda Freitas, João Gomes, Laurent Filipe e Sinde Filipe. Este disco mostra uma banda mais madura, conquistando o seu espaço único na música nacional. Temas como “Dúia” ou “Todagente” tiveram rotação diária e obrigatória nas playlists das rádios. A seguir vieram “Iniciação a uma vida Banal – O Manual” e “Podes fugir, mas não te podes esconder“, editados em 1999 e 2001, respectivamente. E singles como “Tás na Boa” ou “Sigue Sigue!” fizeram crescer ainda mais a fama do grupo.
Em 2004 é lançado o seu sexto trabalho de originais, “Re-Definições”, que conta com as participações de Manel Cruz, João Gomes e da jornalista Anabela Mota Ribeiro, na leitura do tema que dá título ao álbum. É um disco cheio de canções memoráveis, como “Re-Tratamento”, “Força (Uma Página de História)” ou “Casa (Vem Fazer de Conta)”.
Foi o trabalho de maior sucesso da banda, atingindo o estatuto de quádrupla platina. Nesse mesmo ano, foram eleitos como o Best Portuguese Act nos Prémios MTV em Roma e receberam os Globos de Ouro de Melhor Grupo e Melhor Canção. Em 2006 é lançado o novo longa duração de originais “Amor, Escárnio e Maldizer“, de onde saem os célebres e tão aclamados “Dialetos de Ternura” ou “Mundos Mudos” e que conta com participações tão especiais quanto Gato Fedorento, Bernardo Sassetti, Rapper e o produtor americano Atiba the Dappa, e da orquestra de Praga dirigida pelo Maestro Rui Massena. Em 2007 são novamente os eleitos do prémio Best Portuguese Act da MTV em Munique e voltam a receber o Globo de Ouro para Melhor Grupo.
Em dezembro de 2010, a notícia colhe Portugal de surpresa e é anunciado o fim da banda. Carlão, Jay Jay, Quacas, Guillaz, Virgul e DJ Glue continuaram ativos na música, mas os Da Weasel permanecem como uma das mais aclamadas instituições da música portuguesa e que marca várias gerações. Mais de dez anos depois do fim da banda, voltaram aos palcos com um sucesso avassalador.
Depois desse regresso tão bem sucedido, chegou a hora de voltarem a um palco que conhecem bem quase duas décadas depois, o palco do Sudoeste, onde marcaram presença na primeira edição, em 1997, e também em 2000, 2001, 2004 e em 2005, um concerto dado no auge da popularidade da banda, depois do lançamento de “Re-Definições”.
Segundo os próprios, “Os Da Weasel cresceram com o Sudoeste. Lá vivemos momentos dramáticos e indefiníveis alegrias. Ainda hoje abordam-nos dizendo ‘eu estive lá quando aconteceu isto ou aquilo. Eu estive lá’. O nosso público cresceu connosco no Sudoeste, e nós com o Sudoeste. Fazemos parte da sua história. Vamos voltar a um sítio onde fomos muito felizes”.
E prometem voltar a ser e a fazer felizes no dia 10 de agosto, na próxima edição do Festival Sudoeste.